A SOCIAL-DEMOCRACIA

Social-Democracia é uma ideologia política que tem encontrado muitos seguidores por conta da mensagem que soa bem aos ouvidos humanos, já que tanto democracia quanto cuidado com o social trazem percepções positivas.

Mas você sabe verdadeiramente o que está por trás dessa filosofia?

Diz-se social-democracia a ideologia política que prevê intervenções estatais tanto no campo econômico quanto no social com o objetivo de prover justiça social ou Estado de Bem-estar.

Alguns se referem à social-democracia também como socialismo democrático. A razão disso é que no final do século XIX surgiu na França uma corrente política que admitia atingir o socialismo sem uma revolução. Seu líder era Ferdinand Lassalle.

Essa época era a de antes da revolução russa. Os marxistas russos se dividiam entre Bolcheviques e Mancheviques. Estes últimos pregavam transição ao socialismo sem violência e de forma gradual.

As raízes dos mencheviques estão na Sociedade Fabiana, fundada em Londres na década de oitenta do século XIX. Homenageava o general Quintus Fabius Maximus que viveu dois séculos antes de Cristo. Tinha como estratégia ações militares pontuais. Apenas aquelas que sabia que poderia vencer, com o objetivo de uma vitória definitiva, mesmo que demorada.

Por isso Social-Democracia, Socialismo Democrático ou Socialismo Fabiano são sinônimos.

Mas de fato o que significou e como interfere na vida das pessoas?

Após a Segunda Grande Guerra a necessidade de reconstrução da Europa e de oferecer condições dignas de vida às pessoas fez com que a preocupação com o “Estado de Bem-estar” se elevasse e muito se exigiu do Estado.

A ideia era de que o mercado sozinho não conseguiria gerar os cuidados que as pessoas precisavam, já que o “homo economicus” era um ser ganancioso e que era capaz de apenas repetir a tragédia de 1929, definida por muitos como o apogeu do capitalismo selvagem.

Muitos tinham o conceito de que o mercado necessitava de intervenção do Estado que, em nome de todos, pudesse distribuir Justiça, Segurança, Educação e Saúde indistintamente.

Ocorre que a intervenção Estatal pregada pelos socialistas democráticos não se atinha ao campo econômico, mas também ao social, de forma que a imposição de comportamento representava também limitação da liberdade individual.

Como o ser humano adquiriu a necessidade de pertencimento ao seu grupo social desde quando percebeu que vivendo em coletividade poderia enfrentar os predadores e criar melhores condições de vida, e considerando que muitos povos europeus encarnam a importância do coletivo há vários séculos, essa ideia alcançou a simpatia da maioria.

Com base nessa crença em muitos países europeus a filosofia social-democrata cresceu.

E essa filosofia tem como base algumas premissas que nem sempre se mostram verdadeiras.

A começar pelo conceito de bom selvagem de Russeau: o homem também pode ser mau. Admitir que o Estado seria ético e entregaria, com eficiência, os serviços, bens e valores desejados pela sociedade, era de uma ingenuidade pecaminosa.

Não é sem outro motivo que essa tese encontrou guarida nas universidades, sendo que o professorado, geralmente formado por teóricos, eram chamados para o exercício dessa tarefa de entrega do “Bem-estar” ocupando cargos na estrutura do Estado.

Após várias décadas o que se observa é o inchaço do Estado, desmesurado número de cargos criados nas estruturas governamentais, custo gigantesco para sua manutenção, acarretando como consequência em altos tributos à sociedade produtiva.

Ou seja, o Socialismo Fabiano estagnou economias, diminuiu o interesse pelo empreendedorismo, limitou as ações individuais e, em países em desenvolvimento, como o Brasil, acorrentou nossas oportunidades tornando-as simples sonhos de verão.

Mas a história ensina que apenas livre mercado gera riquezas, que liberdades individuais recriam, reciclam e inovam em benefício dos usuários e consumidores, bem como liberdades geram sociedades de benemerência e de fraternidade.

O Brasil nunca se desvencilhou dos cartórios, privilégios, reservas de mercado e benefícios desmesurados aos amigos do Rei no início e aos amigos do Estado depois.

E, como em vários países europeus, criou elites ricamente pagas com recursos do Estado e formadas por agentes do Estado.

“A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida”, dizia Miguel de Cervantes.

Vamos devolver o Poder ao Povo!

LIÇÕES DA PANDEMIA

Completamos um ano de pandemia.

No início era preocupação e dúvida. Afinal, poderia ser repetição da SARS, uma gripe chinesa que foi logo enfrentada pela descoberta da eficácia de remédios existentes.

Mas com o passar do tempo percebeu-se que Covid-19 era algo novo. E como tudo que é novo, provoca receios, dúvidas e medos.

Os ensinamentos tirados de outros países, como Itália, que teve surto maior e anterior ao Brasil, indicava que a contaminação poderia ser alta e o sistema de saúde poderia não dar conta. Então, a meta era controlar a curva de contaminação para que os hospitais pudessem receber os doentes e tratar deles.

Reduzindo-se a circulação de pessoas, criando-se distanciamento entre as pessoas, diminuía-se a possibilidade de circulação do vírus e de sua contaminação.

As pessoas ficaram em casa. O trabalho remoto, o famoso home office ganhou popularidade. Empresas descobriram ineficiências e as cortaram imediatamente em nome da sobrevivência. Então pessoas perderam emprego, donos de imóveis foram obrigados a renegociar seus contratos de locação sob o risco de perda do inquilino, restaurantes tiverem seus movimentos drasticamente reduzidos, assim como o comércio de rua.

O comércio eletrônico ganhou impulso. Empresas que vendiam on line encontraram alguma salvação. As que trabalhavam apenas on line cresceram mais do que imaginavam. Médicos passaram a trabalhar remotamente e a economizar com estruturas físicas. Consultores de empresas aumentaram suas eficiências sem ter de perder tempo em deslocamentos e viagens, já que as reuniões eram virtuais e maior o número de clientes que passaram a ser atendidos.

Como se diz, a tristeza de uns convive com a alegria de outros.

Pena das crianças em idade de pré-escola. Sem interação com outras crianças terão atraso em seus desenvolvimentos pessoais. Pena dos estudantes em intercâmbio, pois perderam a oportunidade de estudar em outros lugares e de conhecer outros povos. Penas dos estudantes em geral…

Pena dos donos de hotéis que tiveram que fechar seus estabelecimentos, mas bancando altos custos fixos. Pena das companhias aéreas que foram obrigadas a demitir milhares de funcionários. Pena de todos que participam da cadeia do turismo.

Mas pena mesmo é do povo.

As autoridades, ao invés de ampliar o sistema de saúde, aumentar leitos de UTI, manter hospitais de campanha, espaçar a circulação em locais de grande concentração como shopping centers, ampliando os horários de funcionamento e correndo atrás de possíveis vacinas em testes pelo mundo, fizeram tudo ao contrário.

Gastaram dinheiro sem licitação sob a rubrica de emergência com construção de hospitais de campanha por poucos meses, com a compra de respiradores por preços astronômicos, incluindo até lojas de vinho como intermediários!!!

Para piorar, instauraram o medo na população alegando possibilidade de estrangulamento do sistema de saúde (esse mesmo que não fizeram nada para ampliar!). Trancaram as pessoas em casa. Impediram-nas de trabalhar. Impediram-nas de se sustentar.

Por culpa deles próprios que foram e ainda são incapazes de ampliar o sistema de saúde, de permitir que os infectados sejam tratados, de efetivamente cuidar da saúde pública.

Mais uma vez fica claro que grupos querem tomar o Poder para usufruir dele. E, sempre que possível, assaltar o Tesouro sob qualquer alegação.

Choro mentiroso frente às câmeras de televisão em um dia e no outro assistindo jogo de futebol no estádio, ou viajando para fora do país, ou até dando festas em casa! Tudo com a arrogância do usufruto do poder.

Por isso que o Estado deve ser reduzido. Quem não consegue prover do básico como segurança, defesa, justiça, educação e saúde, não merece cuidar de mais nada! Se o Estado tiver menos dinheiro, menor será o ímpeto do assalto aos cofres públicos e menor o interesse de pilantras para ocupar postos que deveriam ser ocupados por patriotas com espírito voluntarista.

Vamos devolver o Poder ao Povo!