LIÇÕES DA PANDEMIA

Completamos um ano de pandemia.

No início era preocupação e dúvida. Afinal, poderia ser repetição da SARS, uma gripe chinesa que foi logo enfrentada pela descoberta da eficácia de remédios existentes.

Mas com o passar do tempo percebeu-se que Covid-19 era algo novo. E como tudo que é novo, provoca receios, dúvidas e medos.

Os ensinamentos tirados de outros países, como Itália, que teve surto maior e anterior ao Brasil, indicava que a contaminação poderia ser alta e o sistema de saúde poderia não dar conta. Então, a meta era controlar a curva de contaminação para que os hospitais pudessem receber os doentes e tratar deles.

Reduzindo-se a circulação de pessoas, criando-se distanciamento entre as pessoas, diminuía-se a possibilidade de circulação do vírus e de sua contaminação.

As pessoas ficaram em casa. O trabalho remoto, o famoso home office ganhou popularidade. Empresas descobriram ineficiências e as cortaram imediatamente em nome da sobrevivência. Então pessoas perderam emprego, donos de imóveis foram obrigados a renegociar seus contratos de locação sob o risco de perda do inquilino, restaurantes tiverem seus movimentos drasticamente reduzidos, assim como o comércio de rua.

O comércio eletrônico ganhou impulso. Empresas que vendiam on line encontraram alguma salvação. As que trabalhavam apenas on line cresceram mais do que imaginavam. Médicos passaram a trabalhar remotamente e a economizar com estruturas físicas. Consultores de empresas aumentaram suas eficiências sem ter de perder tempo em deslocamentos e viagens, já que as reuniões eram virtuais e maior o número de clientes que passaram a ser atendidos.

Como se diz, a tristeza de uns convive com a alegria de outros.

Pena das crianças em idade de pré-escola. Sem interação com outras crianças terão atraso em seus desenvolvimentos pessoais. Pena dos estudantes em intercâmbio, pois perderam a oportunidade de estudar em outros lugares e de conhecer outros povos. Penas dos estudantes em geral…

Pena dos donos de hotéis que tiveram que fechar seus estabelecimentos, mas bancando altos custos fixos. Pena das companhias aéreas que foram obrigadas a demitir milhares de funcionários. Pena de todos que participam da cadeia do turismo.

Mas pena mesmo é do povo.

As autoridades, ao invés de ampliar o sistema de saúde, aumentar leitos de UTI, manter hospitais de campanha, espaçar a circulação em locais de grande concentração como shopping centers, ampliando os horários de funcionamento e correndo atrás de possíveis vacinas em testes pelo mundo, fizeram tudo ao contrário.

Gastaram dinheiro sem licitação sob a rubrica de emergência com construção de hospitais de campanha por poucos meses, com a compra de respiradores por preços astronômicos, incluindo até lojas de vinho como intermediários!!!

Para piorar, instauraram o medo na população alegando possibilidade de estrangulamento do sistema de saúde (esse mesmo que não fizeram nada para ampliar!). Trancaram as pessoas em casa. Impediram-nas de trabalhar. Impediram-nas de se sustentar.

Por culpa deles próprios que foram e ainda são incapazes de ampliar o sistema de saúde, de permitir que os infectados sejam tratados, de efetivamente cuidar da saúde pública.

Mais uma vez fica claro que grupos querem tomar o Poder para usufruir dele. E, sempre que possível, assaltar o Tesouro sob qualquer alegação.

Choro mentiroso frente às câmeras de televisão em um dia e no outro assistindo jogo de futebol no estádio, ou viajando para fora do país, ou até dando festas em casa! Tudo com a arrogância do usufruto do poder.

Por isso que o Estado deve ser reduzido. Quem não consegue prover do básico como segurança, defesa, justiça, educação e saúde, não merece cuidar de mais nada! Se o Estado tiver menos dinheiro, menor será o ímpeto do assalto aos cofres públicos e menor o interesse de pilantras para ocupar postos que deveriam ser ocupados por patriotas com espírito voluntarista.

Vamos devolver o Poder ao Povo!

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