PREMIANDO A HONESTIDADE

Ninguém discute o princípio da honestidade. É unânime que ser honesto é obrigação. O pecador vai para o inferno, diz a Igreja. O que se faz de mal nesta vida é retornada ao ser humano com nova encarnação, dizem os espíritas. A punição é o instrumento aplicado contra os desonestos. Mas por que os desonestos se multiplicam?

Nossos avós diziam que se os malandros soubessem que a grande malandragem é ser honesto não haveria desonestos.

Será? A punição realmente é aplicada? Com muitos policiais e delegados corruptos? Com políticos mal intencionados povoando as máquinas públicas com nomeados sem concursos? Com a multiplicação de estatais dirigidas por indicações políticas? Com parte do Poder Judiciário corrupta? Com processos que demoram décadas para serem julgados até último recurso?

Então é hora de virar a página. É hora de fazer uma reengenharia social.

Vamos premiar os honestos?

Por que não se pensa em reverter parte das penalidades das multas de trânsito em benefício daqueles que não tomaram multas? Por que não se considera premiar o contribuinte que delata o fiscal corrupto, dando-lhe créditos fiscais? Por que não se premia o fiscal que prova a tentativa de suborno por contribuinte mal intencionado? Por que não se premia o munícipe que mantém sua moradia adequadamente? Por que não se reverte os benefícios dos planos de pensão dos juízes e promotores corruptos em benefício dos seus pares honestos?

Ser honesto é o comportamento correto. Faz parte dos princípios que todas as religiões professam. As pessoas se sentem bem agindo dessa forma. As pessoas boas gostam de fazer o bem.

Mas nossa sociedade é vilipendiada diariamente assistindo desonestos aproveitando de suas falcatruas e ridicularizando a própria sociedade, que não consegue aplicar punição justa a tempo.

Há duas formas de induzir comportamentos: um é ameaçando mediante punição e o outro é incentivando através de premiação.

A punição deve sempre continuar e seus processos devem ser aprimorados visando fazer justiça rapidamente e dando direito ao acusado de defesa. A Operação Lava-a-Jato é um exemplo a seguir. Mas a premiação independe da punição ser ineficiente. É uma obrigação social parabenizar o honesto, pois são esses exemplos que podem fazer uma mudança cultural em nosso país.

Está na hora de mudarmos a forma de governar o Brasil.

Temos que devolver a todos o orgulho de serem brasileiros.

Vamos devolver o Poder ao Povo!

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