Dizem que a voz do povo é a voz de Deus. Nem sempre. Escolheram a Barrabás, lembram-se?
Mas quando se trata de experiência pessoal o povo é sábio.
Diz o dito popular que “o boi engorda com o olho do dono”. O peão sabe que se ninguém o vigiar, se não houver controle, ele mesmo se esquece do boi do patrão. Não se trata de má intenção, de vontade de tramar contra o patrão ou de qualquer tipo de vingança. Simplesmente as pessoas decidem fazer o que melhor lhes aprovém e o trabalho, na grande maioria das vezes, não é a escolha, e sim a diversão ou o ócio.
É assim com o dinheiro de cada um.
Se deixarmos recursos e mais recursos para que o Estado faça o que não é de sua alçada, é a certeza de desperdício e perdularidade. Quem é o dono do Estado? Cadê o olho do dono?
Se a estrada fosse construída com recursos do investidor, o mesmo que vai administrá-la, buscando através do pedágio a remuneração do seu capital e de seu trabalho, seguramente a estrada seria construída com maior rapidez, com melhor qualidade e com menor custo.
Se a escola fosse administrada pelos seus professores, recebendo uma verba por aluno, dependendo a sobrevida deles ao resultado da escola, seguramente os gastos com a escola seriam bem contados e o esforço dos professores seria enorme se a verba recebida por aluno variasse de acordo com o desempenho de cada aluno, revelando a performance dos professores.
Se o Estado cuidasse diretamente apenas de suas responsabilidades indelegáveis, como a segurança e a Justiça, por exemplo, permitindo aos particulares realizar o que o Estado é incapaz de fazer rápido e bem, seguramente haveria menos perdas, a economia cresceria mais rapidamente e os poucos recursos que temos seriam muito melhor aplicados.
O Brasil recebeu a herança da burocracia portuguesa e o hábito de muitos interessados em ascender socialmente e economicamente serem amigos do rei para espoliar o tesouro. Está na hora disso acabar.
A história mostra que o socialismo é uma falácia e os governos são, na maioria das vezes, irresponsáveis, descomprometidos e incompetentes.
O Brasil deve ser uma nação exemplo tratando a todos iguais, mostrando como os particulares podem assumir várias funções em benefício da sociedade e limitando o Estado à sua função indelegável.
Está na hora de devolver o poder ao povo.