Semanas antes da votação do primeiro turno das últimas eleições presidenciais perguntei a um taxista em quem iria votar. “Voto no Aécio para tirar o PT daí!”. Mas como o Aécio estava muito atrás nas pesquisas perguntei se Marina e Dilma fossem ao segundo turno em quem ele votaria. “Aí eu voto na Dilma!”. Mas não era o PT alvo de sua indignação? Perguntei. “Dilma não é o PT!”.
Na semana seguinte peguei outro táxi e pedi ao taxista que usasse a pista dos ônibus para irmos mais rápido, já que ele poderia usá-la. O motorista mudou para a pista indicada dizendo “Graças à Dilma voltamos a usar essa pista porque se dependesse do fdp do Prefeito nós estaríamos fritos!”.
Como é possível tamanha bossalidade? Será que o primeiro taxista não sabia que a Dilma era a candidata do PT? Como seria possível votar na Dilma se o objetivo era “tirar o PT daí”? Como o segundo taxista atribui à Presidente da República algo que depende exclusivamente do Prefeito?
Trata-se de ignorância. O mal de todos os males: a ausência de conhecimento. A escuridão.
Não há outra forma de disseminar o conhecimento sem educação. O conhecimento é a luz que a sociedade necessita. A educação é básica para formação de uma sociedade, de um país.
Como anda a educação brasileira? Em frangalhos. Tirando as escolas particulares (mesmo assim há escolas ruins) e poucas exceções na escola pública, o que se vê são alunos saindo da escola com o nível cultural abaixo da crítica.
O problema é recursos?
Não. O problema é de gestão. Gasta-se muito na atividade meio e pouco na atividade fim. Além disso o gasto é mal feito.
Imaginem a escola funcionando como uma cooperativa. Imaginem que o Estado pagasse às escolas por aluno com base no desempenho do aluno e no desempenho dos professores. Imaginem que as escolas fossem entregues aos professores para gestão, sendo que seus salários seriam frutos dos resultados da escola por eles administrada.
O Estado é perdulário. Apenas quando o recurso fica nas mãos dos particulares ele é melhor empregado. Ao Estado cumpre a função de planejar e de controlar (fiscalizar). O Estado deve estar fora de atividades de execução.
A educação deve passar por uma revolução no Brasil para que seja a base da sustentação do futuro do país.