Há percepção generalizada de que a cidade de São Paulo está sem governo eficiente. As decisões do Prefeito são contestadas e suas prioridades estão em desacordo com os interesses dos paulistanos.
Mas não é culpa exclusiva do Haddad. Primeiro veio o Lula e, sem ampliar a infra-estrutura, jogou mais carros que as ruas tinham capacidade de receber. Depois veio o Haddad e diminuiu as ruas com a criação descontrolada de ciclovias. Cada dia há menos espaços para se trafegar em São Paulo.
O sistema de transporte público não teve nenhuma modificação. Continua a mesma estrutura ruim e pouco inclusiva.
É lamentável.
Esse é um pequeno exemplo da má gestão do Haddad, que reflete sua visão antiquada e míope das necessidades da população. Mas maiores males estão por vir, caso não seja possível impedí-lo de praticar atos contrários ao interesse público.
Refiro-me à PPP de iluminação de São Paulo.
A licitação de R$ 7 bilhões pretende entregar à iniciativa privada a missão de trocar as lâmpadas que iluminam a cidade. Serão 620 mil lâmpadas de LED a serem trocadas além de criar mais 76 mil novos pontos de luz. As lâmpadas de LED são mais eficientes e mais sustentáveis. O vencedor da licitação passa a receber da Prefeitura mediante repasse da Cosip, taxa cobrada na conta de luz.
Em princípio seria uma boa ação, não fosse totalmente ultrapassada e não fosse uma típica licitação que atrai empresas de duvidoso comportamento ético.
Os países desenvolvidos hoje usam postes de luz com placas de energia solar e bateria. Não apenas reduzem o custo da energia como praticamente faz com que nada custe. Sem falar que eliminam um amontoado de fios cruzando os céus da cidade.
Vamos deixar a iniciativa privada resolver esse problema?
Por que não permitir à população que troque uma parte de seu IPTU por ações de uma empresa que se responsabilize por trocar todos os postes de luz na cidade para que tenhamos postes sustentáveis? Por que as empresas privadas não podem disputar o capital privado dos moradores de São Paulo em troca desse benefício? Por que não resolver esse problema sem usar recursos do tesouro municipal e aproveitar a eliminar a Cosip?
Quanto será a redução de despesas com a conta de luz da Prefeitura? Sem falar nos benefícios para o meio ambiente? Por que não permitir propaganda nesses postes a ponto de termos patronos desses postes? Propaganda organizada…
Além disso, a legislção brasileira permite que o excesso de energia possa ser vendida no sistema, um atrativo adicional.
O Haddad agora quer escravizar o povo a permanecer no passado da tecnologia… Mas em 2016 o povo vai retribuir sua dedicação: apagar sua luz.