No início foi a Coroa que se mudou para cá. Cercado por Napoleão o rei covarde português uniu sua Côrte e fugiu para o Brasil entregando Portugal de bandeja para a França.
Assim nasceu a covardia brasileira.
Um rei covarde trouxe os membros da Côrte que viviam de favores. Eram os amigos do rei. Recebiam licenças para o comércio e privilégios cartorários. Quem ficaria contra o rei? Como todo covarde ao ver seu poder ou imagem ameaçados ordenava a matança e degola.
Com base em favores o Brasil foi erigido. Com base em covardes que viviam de favores a sociedade brasileira foi formada.
Tudo era ordenação real.
Baseado na teoria do direito divino, na qual o poder real era uma escolha divina, confundiam o rei com a divindade.
Como nem sempre de covardes o mundo é feito, com medo de heróis patriotas, o próprio colonizador colocou em sua cabeça a coroa e declarou a independência. Monarquistas repetiram a covardia instituindo a República. À revelia do povo.
E sempre com a preservação da figura do Poder Central; inicialmente a Coroa, depois a faixa presidencial. Mas sempre com a manutenção do controle do comércio, dos atos individuais, sem a liberdade que poderia tornar o Brasil um país exemplar.
Nessa toada a República evoluiu.
Ao invés de descentralizar o poder, permitindo que em cada canto do país seus habitantes regrassem seus comportamentos com base em seus costumes, o Poder sempre foi centralizado com concessões, permissões, licenças e cartórios.
Independente de quem ocupava a cadeira presidencial o usual era o estabelecimento de legislação nacional, como se o manauara e o gaúcho pensassem igual. Ou o homem do sertão tivesse as mesmas necessidades do carioca.
Grupos políticos ainda brigam para impor suas formas de pensar. Qual o problema de deixar que cada um pense como queira? Qual o problema de respeitar a Liberdade alheia?
Quem não permite liberdade alheia é antes de tudo um covarde!
E tudo é reflexo do exercício covarde do Poder.
Na calada da noite membros do Judiciário tramam continuamente para criação de novos benefícios que ofendem sistematicamente a sociedade. Sob os raios solares e nas vistas de todos, sindicatos de funcionários públicos fazem lobby para ampliar benefícios e criar mais privilégios. E isso é contínuo há décadas! E a cada dia que passa a estrutura do Estado fica mais pesada, mais improdutiva, mais cara, mais onerosa para a sociedade.
Às claras o sistema tributário é feito para oprimir os que empreendem e, com legislação complexa, fazer de presas fáceis os novos empreendedores impedindo que o talento do comércio beneficie a sociedade.
Às claras, o sistema, que hoje emprega 11 milhões de pessoas, se protege contra a sociedade.
E como diz o ditado, de que o uso do cachimbo faz a boca torta, em todos os cantos é usual ver a acomodação e aceite da opressão.
Temos conceitos morais e éticos que nos estabelecem limites de ação. Os covardes não.
Mas não faz mais sentido continuarmos na rota de covardes.
Vamos devolver o Poder ao Povo!