TRAPALHADAS OU DESPREZO?

Durante meus 35 anos de vida profissional assisti muitos erros cometidos por autoridades governamentais e agentes do Estado. Suas decisões impactaram negativamente a vida da sociedade trazendo sofrimento principalmente aos membros do setor privado.

Quando um Município cria política de incentivos a um setor econômico sem se preocupar com as consequências…

Foi isso que ocorreu em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro para incrementar a oferta hoteleira dessas cidades com desculpas de que a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 demandavam mais e melhores acomodações.

Incentivos de todos os tipos foram oferecidos motivando-se a sociedade para apoiar essas iniciativas sem alertá-la sobre os riscos desses investimentos, sem oferecer dados de seus conhecimentos sobre a expansão da oferta para os empreendedores. Um verdadeiro movimento “manada” desbalanceou esses mercados e milhares de investidores privados amargam enormes prejuízos.

Quando um agente do Ministério Público afobadamente oferece benefícios de “delação premiada” esquecendo-se das consequências.

Foi isso que aconteceu com o Rodrigo Janot e os irmãos bilionários sertanejos Batista.

A economia, que estava na maior recessão da história do Brasil, com a indicação de que teria condição de iniciar retomada, foi brutalmente afetada pelas ações da Procuradoria Geral da República. Bilhões de reais foram jogados no lixo e milhões de empregos continuaram inativos.

Quando um ente público beneficia seus agentes com generosos reajustes salariais e generosos benefícios.

É isso que acontece recorrentemente em todos os cantos do Brasil… Nesse caso é dispensável um único exemplo… Enquanto os mais de 45 milhões de empreendedores contabilizaram diminuição nas suas capacidades de consumo em mais de 30% em 3 anos, Municípios e Estados criaram reajustes inimagináveis.

Por que tantos erros? É tudo trapalhada? Não. É desprezo.

Os agentes do Estado se esquecem de que toda a riqueza gerada pelo país é originária do setor privado, dos empreendedores, daqueles que geram desenvolvimento econômico-social.

Os agentes do Estado não entendem que o sustento da nação se dá através do suor e do sangue do povo trabalhador.

Os agentes do Estado não compreendem que o Estado não cria nada e que sua receita advém dos tributos pagos pela sociedade.

Os agentes do Estado desprezam a realidade e acreditam que a sociedade deve contribuir para que suas vidas sejam confortáveis e inabaláveis. Pior ainda, tomam como exemplo empresas corruptas, que agem para assaltar os cofres públicos, como se fossem exemplos do setor privado, como se todos fossem iguais.

Enquanto a sociedade não perceber que o problema não é a esquerda contra a direita, mas sim o Estado contra a sociedade, não haverá paz, liberdade e prosperidade.

Está na hora de mudarmos o modelo.

Vamos devolver o Poder ao Povo!